Trilha do Galinho - Teodoro Sampaio

Evento Realizado

O que rolou:

Olá queridos Muralistas,

Inicialmente não ia escrever esta resenha, pois minha crônica falta de tempo me obrigava a priorizar outras coisas, entre elas uma resenha da expedição que ainda devo. Serjão tinha sido destacado para esta atividade. Mas, vivido o fim de semana, me dei conta que seria injusto comigo mesmo não tentar passar/registrar para vocês o que esta singular aventura significou.

O Mural nos faz realmente voltar a infância, sermos moleques despreocupados, rindo das molequeiras uns com os outros e vivendo a euforia do momento em cada encontro. A trilha do Galinho foi muito especial para mim, tentarei passar um pouco desta emoção no que se segue.

Você se lembra quando era criança? Lembra daquele brinquedo especial e super desejado que, quando ganhávamos, queríamos dividir com nossos melhores amigos, mostrar a eles o quanto era legal? Pois é, levar o Mural para Teodoro Sampaio foi uma realização de uma criança que vive em mim... que ela nunca me abandone, rs

Temos um sitio há alguns anos nesta cidade, sempre que a correria da vida me permite, me refugio por lá. Faço minhas caminhadas, ando a cavalo e, claro, rodo muito de bike. Neste lugar a natureza me invade, se mostra com todo seu esplendor... me rendo aos seus encantos, me apaixono.

Várias vezes antes da trilha do Galinho me imaginei percorrendo estes caminhos e apresentando a região a vocês. Passava de cavalo e via um single, descia de bike um down hill, caminhava e via uma subida punk, nestes e noutros momentos sempre imaginava mapeando uma trilha para oferecer a estes amigos tão queridos.

Já havia feito o convite a alguns outras vezes, mas não rolou. Quando nosso Morcegão levantou a possibilidade de fazer um evento oficial do Mural por lá, as coisas começaram a se concretizar. Definida a data, comecei a elaborar um trecho no qual nós mais poderíamos nos divertir. A região é imensamente ciclável, muito mais do que já pude explorar, então a tarefa não era tão simples. Escolhi um trecho misto, nível três, mesclado com alguns desafios nível cinco. O resultado ficou muito legal!!!!

Quero deixar aqui meu reconhecimento e gratidão a meus pais, figuras maravilhosas que tenho a imensa sorte de ter, em especial a dona Oci, minha mãe, que abraçou a causa dos preparativos, sabedora do quão importante seria para o filho este evento. UM BEIJO DONA OCI!!!! Seu Siza, meu pai, com toda sua irreverência, do alto dos seus inacreditáveis 85 anos, soube também fazer com que a galera se sentisse em casa. UM BEIJO SEU SIZA!!!!

Definido cardápio e operação do fim de semana, fomos às compras. Como lhe é peculiar, a fartura tinha que estar no cardápio de dona Oci. Maniçoba, feijoada, churrasco, cerveja – tinha que ser Heineken, entre outras maravilhas, já estavam providenciados na sexta a tarde, quando chegamos ao sitio. Levei minha fiel escudeira Lia para dar conta dos preparativos. Tudo arrumado, circo armado, só faltava chegar o povo.

Pastor e Ponga chegaram na noite de sexta. Pegamos leve, pois já previa que o sol no outro dia iria nos castigar. Apenas algumas bier e um sinuquinha: a dupla Siza / Fred não deu moleza aos pixotes Pastor/ Ponga. Fomos dormir cedo para nos poupar e esperar a galera que chegaria no sábado.

Acordamos já encarando um senhor café da manhã e seguimos de carro para encontrar a galera que estava vindo de ssa na entrada da cidade. Elsao Morcego, Leo Maluco, Marcão de Maria, Rafa Caimbrinha, Paula Chefinha, Teo Narnia, Jean Taca, Serjão Coroa e Godo Batedeira se dividiam em três carros. Me seguiram até o sitio onde os últimos aprontes se realizaram. Montar bike, calibrar pneu, forrar a barriga para um que chegou de ressaca... não precisa citar nomes, rs

Partiu pedal!!! Após apenas dois quilômetros já apresentei o primeiro desafio do galinho, uma ladeira com uns 30% de inclinação. Maravilha foi ouvir Morcegão, ao vê o desafio, soltar um pourrra!!! Só quatro encararam: o anfitrião – que não podia arregar de jeito nenhum, Pastor, Morcegão e Taca, outros pagaram prestações e outros ainda só botaram o pé um vez no chão, do pé ao topo da ladeira, rsrs.

Seguimos por um estradão até uma primeira descida top, daquelas que fazem valer a pena o esforço da subida. A alegria da descida foi sucedida por um areal - só para embrutecer estes aspirantes a morceguinhos - e entramos em um single treck. Perguntei a Elsão se já rolava uma breja, pois iriamos passar por uma biboca no meio do mato. Ele falou que estava cedo... caso perguntasse a Pastor, creio que a resposta seria outra, rs

Pedalávamos no meio do pasto, dentro daqueles caminhos de boi perfeitos para se apreciar a natureza. A fila indiana das bikes completava o cenário maravilhoso que o Morcegão captou nas fotos. Entramos em um pequeno pedaço de mata e atravessamos algumas fazendas sem encontrar um pé de gente, só pé de bicho, mato, natureza e nós!!!

Chegamos ao segundo desafio do galinho, uma ladeira mais técnica que nos levaria a metade da trilha. Alguns conseguiram subir. Ponga se esforçava para empurrar a bike, morrendo, mas passando bem – a tampa do radiador já dava sinais que iria ficar no caminho, rsrs. Elsao até propôs a ele, caso quisesse, voltar para o sitio. Como sabia que o pior já tinha passado, insisti para ele nos acompanhar, já imaginando ele descendo a cereja do bolo que guardei para o final.

Um pouco mais de estradão, singles, carrega bike em passadiços, outra descida top, chegamos ao rio. Trilha do Mural que não molha a sapatilha não tem graça, tinha que ter um rio. Continuamos por dentro dos caminhos de boi tangendo gado e ovelhas que encontrávamos pelo caminho até o terceiro desafio do Galinho: subidinha punk para acordar a galera, daquelas que elevam os batimentos a 180, show!

Voltamos pela estrada de chão do Picado onde ainda enfrentamos uma ladeirinha, não tão inclinada, mas longa, tipo aquelas da jiboia, em modelo miniatura. Paramos no topo para esperar Ponga e Pastor – este último dava apoio psicológico a ovelhinha de seu rebanho que já pensava em desistir. Partilha de rango e água com aqueles despreparados que sofriam com o calor de 40° e não tinham mais o que beber.

Seguimos mais uns três quilômetros até o bairro Pau Brasil, onde uma cerva gelada, uma tal de Lokal, que, pela sede, desceu como Heineken. Um pouco de resenha e já partimos para concluir a aventura. Restava um down hill top, que só não foi melhor porque esqueci de duas cancelas que quebram o caminho, caso lembrasse desceria na frente para a galera curtir o descidão do topo ao pé, fenomenal. As full brocavam na frente e os outros não faziam feio com suas hard atrás. Os gritos típicos da adrenalina no pé da ladeira pressagiavam que a aventura estava chegando ao final. Propus ainda alongarmos o percurso, mas fui lembrado que o nível anunciado era 3. O sol também não estava clemente.

A caminho do sitio, passamos por Teodoro e a ladeira do primeiro desafio, não resistimos, subimos: os quatro que já haviam brocado antes, agora com uma guerreira que também chegou ao topo – parabéns chefinha, o vídeo emocionante, não deixem de ver, já deve ter atingido umas 20.000 visualizações.

Não tivemos cachoeira, mas ao chegar de volta ao sitio apresentei à galera o chuveiro cura ressaca... o prêmio merecido e esperado depois de tanto esforço e desgaste com uma temperatura escaldante. Todos se deliciaram. Começava a parte profana: cerveja gelada, tira-gosto e resenha antecediam a feijoada preparada com tanto esmero e carinho.

Umas 15:00 Thor me liga para pega-lo na cidade. A comida já ia ser colocada a mesa, pois alguns dominados estavam com habeas corpus vencendo, cheios de medo para voltarem para Salvador. Pedi para segurar, pois em 20 minutos estaríamos de volta. Fomos eu e Taca, como sempre prestativo a décima potência, pegar o cabra. Depois de muita espera debaixo do sol, eis que chega o elemento de bike, pois é, acreditem, o cara foi de bike do Uruguai em ssa até Teodoro, 120 km debaixo do sol, um grande feito, mas poderia ter avisado, né roía?

Alguns tiveram que sair sem almoçar, uma pena, perderam, rs. Mas a feijoada está congelada esperando os famintos em uma próxima oportunidade. Son e família chegaram para completar o grupo que dormiria na fazenda. Antes da noite, após muita cerveja e vodka, muitos já vislumbravam as portas de Narnia, mas, mais uma vez, vamos preservar os anonimatos.

Serjão coroa, depois de beber, aprendeu a jogar sinuca, ganhou algumas e saiu achando que entende do negócio, rsrs. Brincadeira, para este negócio de taco parece que o tiozão leva jeito. Risadas, churrasco, cana, muita gente embolando a língua, ficamos até as 0:00 na resenha. O incrível é que estas miseras acordam inteiros, se bebo um terço do que alguns beberam creio que nem acordo.

No domingo a galera já levantava acampamento, pois era dia de eleição e tínhamos que cumprir o dever cívico, afinal Mural também é cidadania. Son ainda curtiu com Binha, o filho e Thor um pedal pela manhã, eu fiquei nos arremates finais, saboreando o que tudo isto tinha representado para mim. Obrigado a todos por terem me proporcionado um imenso prazer de recebê-los e apresentar este lugar mágico em minha vida. Pessoas especiais em um lugar especial... não poderia desejar alegria maior!!!! VALEU MURAL!!!! Fred Psico (Galinho).

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today
Data:

27/10/2018

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Pontuação:

Vale 4 pontos

timeline
Distância:

35Km

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Participação:

Somente Associados

group
Vagas:

0

room
Cidade - UF:

Teodoro Sampaio - BA

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Horário e Local de Encontro:

Posto Rei da Pamonha que fica na BR-324 a 500m antes da polícia rodoviária federal de Simões Filho às 06:30 do dia 27/10 (sábado).

beenhere
Dificuldade:

Nível 3 - Médio

terrain
Tipo:

Trilha

local_activity
Inscrição:


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