17º Desafio da Serra da Jiboia (Santo Antônio de Jesus - Santa Teresinha)

Evento Realizado

O que rolou:

1º DIA - 17o Desafio Serra da Jibóia do Mural de Aventuras lá vamos nós!

A viagem começa em Salvador e os aguardos ansiosamente em Santo Antônio de Jesus. E lá vamos nós já de noite rumo a fazenda no distrito de Santana, casa de Dona Neide.

Os carros juntos no estradão, já dá aquele frio gostoso na barriga. A aventura começou! Depois dos abraços e cumprimentos, uma lasanha deliciosa, mesa cheia, reconhecimento, e claro já algumas risadas.

Dona Neide, com sua ternura, nos recebeu com as portas escancaradas. As meninas no quarto da frente. Os meninos na sala. Durante a noite fui agraciada com um sapo enorme e gelado nas minhas pernas. Sinal de sorte!

De manhã aquele café delicioso, farto e carinhoso, caras de sono, preocupações com as mochilas, as bikes, galera ansiosa, preparativos a mil. Meu coração me dizia que não ia ser nada fácil. Senti claramente uma emoção em Elson e nos veteranos, fruto de desafios passados e da importância deste lugar no crescimento pessoal deles.

O pedal começou com discurso e emoção antes de sairmos da porteira da fazenda. A terra batida, o cheiro de mato, a paisagem rural. Como é bonito!

As ladeiras desde o início já mostram sua imponência. E já começa o sol.

A primeira parada foi na cachoeira do Gerson (ou Nunes), um banho delicioso, água gelada, restauradora e com direito a hidromassagem natural.

Depois da cachoeira continuamos subindo e fomos para o lugar mais lindo que já conheci em todo o recôncavo baiano, resquício de mata atlântica fechada com árvores centenárias e samambaias gigantes. Inimaginável estar alí. E com a condução de nossa doce Lívia (mãe de família - MDF), vivemos um momento de integração do grupo com a natureza. Emocionante.

Na descida da serra um single estilo downhill, que puta que pariu, várias quedinhas de alguns desavisados, inclusive eu que levantei rápido e fiquei calada.

E de novo no estradão, rumo a farofa numa biboca na beira da estrada que foi aberta só para nos receber. Alguns amotinados não quiseram esperar a farofa. Fazer o quê! O jeito é comer o que tem. E apareceu foi coisa.

De repente sai o rapaz da porta e pergunta:

- Moça, você é mineira?

Kadjon responde:

- Claro, não está vendo a cara de queijo dela?!!

Meio sem pensar eu disse pra ele com um tapinha nas costas:

- E a sua cara de acarajé?!!!

Gente, o povo quase rolou no chão de tanto rir... E Kadjon com a cara fechada e mais o povo ria.

Começou a resenha da serra da jibóia.

Muitas risadas e risadas e mais risadas...

Tá pensando que acabou, tava nem no meio, nem da jibóia, nem da resenha do acarajé!

Pegaram no pé dele! kkkkkk

Subindo uma ladeira com aquele sol forte na cabeça, sozinha na retaguarda, cheguei a pensar: O que é que estou fazendo aqui??????

O motor literalmente esquentou, daí veio a parada da laranja, joguei uma água na cabeça, chupei uma laranja e lá vamos nós subir a serra de novo.

Num é de Deus não!!!!

Nem sabia como ia conseguir, mas acreditava que ia.

Santa parada em Pedra Branca já meio pro final da tarde, só pensava em comer.

Parada gostosa numa venda, galera já com sinais do cansaço, uns mais outros menos. Pão com mortadela delicioso e salvador.

Só falta mais um pouco...

20kms até Santa Terezinha, destino final do dia, felicidade misturada com dor e muito cansaço.

Pra compensar tudo isso, o sol já mais fraco, a brisa batendo, chegamos em uma trilha linda demais, campos formosos no horizonte, paisagem gostosa de se ver.

Em seguida chegamos num mirante e dava pra ver aquela cidade pequenina, quase desenhada no meio das montanhas que passamos o dia subindo e descendo.

Single track inesquecível e chegada compensadora. Um sentimento bom no coração. Vocês bem sabem o que é, sem palavras pra descrever.

Como é bom chegar.

Só passando por isso pra saber.

Saber o que nos motiva, nos move, nos une.

Não é fácil não, mas é muito bom viver momentos como estes.

No hotel, a piscina, o banho, a cervejinha e a conversa, ah aquela conversa e aquelas risadas que só quem vive guarda na memória.

Passar momentos como estes com o grupo cria uma cumplicidade ímpar, um vínculo de vida.

Com uma palavra descreveria o desafio da Jibóia:

Inesquecível!!!!!!!!! Carol Lavisse.


2º DIA - 17º Desafio Serra da Jibóia

Depois de reabastecer as energias com uma boa noite de sono e um excelente café da manhã, na Estalagem Serra da Jibóia em Santa Teresinha/BA, às 7:30 h do domingo partimos em direção ao destino final a Fazenda de Dona Neide (distante 50 km de Santa Teresinha).

Vale ressaltar que no dia anterior percorremos 61 km com altimetria de 1800 metros, assim, para o meu desespero no 2º dia, nos primeiros quilômetros, as minhas pernas pesavam horrores, queimavam muito e ainda estávamos apenas no asfalto. Comecei a imaginar meu Deus e agora? Como vou conseguir concluir esse desafio? Mas sempre testando os meus limites fui trilhando cada km com muito esforço até ficar aquecida.

 A primeira parada foi no lugarejo Pedra Branca onde o grupo se abasteceu com água para iniciarmos a parte de trilha.

O desafio do 2° dia consistia em alcançarmos AS TORRES que ficavam no topo da serra da Jibóia. Então começamos a subida: subimos, subimos, subimos 7 (sete) quilômetros, parecia que não iria ter fim... Mas ao chegar, para minha surpresa, a vista de cima da Serra era magnânima, valeu cada pedalada, cada dor que sentia. Fiquei tão feliz e maravilhada com a sensação de estar no topo do mundo, me senti perto de Deus!!!.. Parecia uma “alpinista de bike”.

Mais como era lindo aquele lugar!: os campos, a vegetação verdinha, o sol entre as nuvens, ou seja, uma pintura Divina. Só indo até AS TORRES-Jibóia para saber e sentir esta emoção. Paramos para tirar fotos bem na beirada da Serra contemplando a vista lá de baixo, depois fizemos um lanche reforçado para iniciarmos o Downhill e descer a serra.

Próxima parada BAR DA FAROFA - após percorrer 25 km de trilha, ou seja, metade do caminho a minha bike quebrou o passador de macha traseiro e fiquei impossibilitada de passar qualquer marcha. Respirei fundo e pensei NÃO VOU DESISTIR!!!, como estava próximo ao bar da farofa fui na marcha que estava e subi a ladeira empurrando lembrando que tinha uma refeição me esperando e assim, momentaneamente, tentei esquecer esse obstáculo. Comemos uma refeição maravilhosa (feijão, farofa, arroz, salada, frango assado com linguiça tudo uma delícia Hummm!!). Tentei me alimentar bem para ficar forte e enfrentar os 25 km restantes...???????? sabia que seriam terríveis, mas chegaria nem que fosse empurrando a bike.

Bora Mural!! Com a cara e a coragem comecei a pedalar e na primeira ladeira desci para empurrar porque não tinha como passar para a marcha leve. Logo depois o Muralista Kadjon com o espírito de união e grupo me ofereceu a bike dele, o que agradeci de coração, então, comecei a pedalar, mas infelizmente o quadro era 19 e a mesa da bike ficava muito distante não conseguia pedalar direito, doía tudo perna, braço, bumbum. Parei e tentei ajustar o banco mas não deu certo.

Então perguntei a Elson, nosso estimado líder, bora trocar de bike? Ele não acreditou, pois a dele estava com o bagageiro e o alforge (mochila grande) repleta de ferramentas, drone etc. Ele me perguntou tem certeza? a minha está super pesada!! eu respondi TENHO!!! E assim encarei a troca, sempre com o pensamento EU posso EU consigo.

O meu objetivo era chegar, fui pedalando como podia, ritmo devagar e avante. Fiquei sendo a última devido ao cansaço e ao peso da bike, porém sempre com pensamento positivo. Quando de repente me surge uma ladeira que parecia mais um paredão, a famosa “ladeira arromba batata”. A bike parecia que pesava uns 20 kg e na ladeira tive que empurrar, respirar, empurrar até alcançar o topo, logo após, passei por uma porteira onde todos me aguardavam. Neste momento Elsão faz um comunicado que só faltava “a cereja do bolo”... traduzindo significa= o último desafio. Não me deixei abalar, não fiquei de MiMiMi, continuei como uma brava guerreira Muralete. Após 300 metros aproximadamente eis que estava a minha frente A FAZENDA, A CHEGADA, O FIM. (Foi uma pegadinha...Rs) Então desci da bike e começamos abraçar uns aos outros, a emoção foi tanta, que não consegui conter as lágrimas, chorei de ALEGRIA!!! VENCI!! Terminei o desafio da Jibóia, orgulho de ser Mural.

Fazendo um resumo minimalista dos desafios da Jibóia do 2º dia: Ladeiras longas 7km, ladeiras com altimetria de 1.400 km, Downhills longos (maravilhosos) com muitas valas, crateras e buracos devido a erosão. Muito cuidado para não se machucar!!! Mesmo assim, recomendo a todos esse desafio. Pois quanto mais difícil, mais crescemos e ficamos fortes. BORA MURAL nível 5, top da galáxia. Estou pronta para a próxima em Abril. Hu hu!!! Paula Juliana – PJ.

VEJA O ÁLBUM COMPLETO DE FOTOS AQUI.



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today
Data:

17/03/2018 a 18/03/2018

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Pontuação:

Vale 8 pontos

timeline
Distância:

120Km

receipt
Participação:

Somente Associados

group
Vagas:

0

room
Cidade - UF:

Santo Antonio de Jesus - BA

my_location
Horário e Local de Encontro:

Posto Rei da Pamonha que fica na BR-324 a 500m antes da polícia rodoviária federal às 18:30 do dia 16/03 (sexta-feira).

beenhere
Dificuldade:

Nível 5 - Alto

terrain
Tipo:

Trilha

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Inscrição:


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