Trilha da Ressaca do Carnaval em Abrantes

Evento Realizado

O que rolou:

5:00 da matina, despertador toca, me vem à mente, como creio que vem em vários de nós: Pqp... isto é hora de se acordar no fim de semana? Potência zero na alma. Café reforçado frente ao que me espera... opa! a potência já saiu da reserva. Junto os apetrechos - agua, lanche, ferramentas, etc, etc – ouço sempre de minha família: “trabalho da porra, não sei como vc ainda faz isto”, ah se eles soubessem... rs.

Desço as 6:30, Mineiro com sua motoca já está na portaria de meu prédio para pegar carona. Papo politicamente engajado no trajeto, como não poderia deixar de ser com o velho Mineiro. Chegamos ao ponto de encontro 7:00, vários já estavam por lá. Só em ver a galera: potência no meio do tanque.

Ramiro, nosso anfitrião no fim da trilha em sua super loja, já tinha comprado um terreninho e com isto, infelizmente, não poderia mais nos acompanhar. Espero que quando esta resenha for publicada você já esteja top amigo.

Só de montar na magrela, o pqp do início do dia já tinha perdido completamente o sentido. Dezesseis verdinhos se agruparam para a tradicional foto da partida. Com Rogerio, nosso guia, a frente: partiu Mural!!!

Começamos no asfalto e ainda nele o ambiente se ruralizou em poucos quilômetros. Que a especulação imobiliária não alcance estes paraísos ainda existentes ao redor de Salvador. Pedalando na margem esquerda da estrada do coco – sentido PF – sempre me impressiono como muitos soteropolitanos, me incluo neles, desconhecem este lado do nosso litoral norte.

Antes das 7:30 já me sentia no campo com seus odores, seu silêncio e paisagens tão diferentes da selva de pedra em que vivemos. Mas vamos pedalar que a gente veio para isto, vamos sofrer um pouquinho, afinal, como soltou uma figura que encontramos pela trilha, “sofrimento de mountain bike é melhor que sofrimento de corno, rs

O sol já dava as caras e algumas figurinhas, não vou dedurar ninguém, lembravam a Rogerio que a trilha era nível 3, para ele pegar leve no percurso. Encontramos vários grupos de pedal pelo caminho, o que atesta como nossa atividade está em alta. Até Albertão bike fit, o coroa que pouco menino acompanha no pedal, estava por lá.

Singles, areia, ladeiras, suor e adrenalina mais tarde, paramos para um reforço de coco, caldo de cana, até café – Ciro apelou. A primeira parte da aventura estava concluída.

É engraçado ver como as pessoas que passam de carro pela estrada ao lado de onde paramos sempre buzinam entusiasmadas quando veem uma galera desta se aventurando, me vem a cabeça o diálogo dentro do carro: “olha amor, que massa, deve ser do c... um pedal deste”. Para vocês que nos leem e ainda não pedalam, o pedal é realmente do c... Comecem para não perderem mais tempo.

A parada gelou o motor. Recomeçamos leve por um estradão até alcançarmos um segundo single track. Perigo na pista! Uns preguiçosos que não gostam de pedalar aparecem em nosso caminho com umas seis motos fazendo barulho e poluindo nosso pedal... paciência, tem lugar para todas as tribos. Elson fura o pneu de sua bike. Com a canguinhagem, para não pagar cervas, resolveu como um raio o problema. Logo depois, não tive a mesma sorte, além de meu pneu também ter furado, a parada me custou esta resenha, espero que pague, rs

Algumas subidas proporcionaram umas paradas para espera dos retardatários: resenha, tiração de sarro, risadas, troca de informação entre a galera, planos para outras aventuras... estes momentos também dão prova do companheirismo deste grupo que não deixa ninguém para trás. Já pedalei em outros grupos e creiam, poucos são assim. Antes de chegar no asfalto da cascalheira que nos conduziu até o ponto de chegada, ainda rolou um decidão para adrenalina final.

Estávamos em Alphaville arrumando as bikes para retornarmos a ssa, fazendo um pit stop na Ramiro Bike, quando percebemos que Dani Bananinha – já foi Dani, este apelido agora é seu – não estava por ali. Preocupação geral pois ela vinha de mimimi a trilha toda dizendo que estava morta. Para surpresa de todosl a danada foi pedalando até Ramiro.. Superação! Brocou!

Enfim, creio que deixei passar alguns detalhes, mas como escrevo esta resenha ainda na tarde do sábado, pois não terei outra oportunidade durante a semana, o cérebro ainda não está completamente oxigenado para lembranças mais ilustrativas, perdoem os esquecimentos. De qualquer forma ainda estou naquela vibe de êxtase pós trilha que me faz pensar na galera da buzina acima: vocês não sabem o que estão perdendo!!! Fred Psico.