1° DIA EXPEDIÇÃO JALAPÃO: Ponte Alta a Fazenda de Pablo Escobar

Pessoal, antes de iniciar a resenha, gostaria de agradecer ao
nosso amigo Herrera pela belíssima recepção no jantar de confraternização da
expedição. Infelizmente ele não pode participar conosco desta inesquecível
aventura do Mural. Mas fizemos valer a pena cada discussão do planejamento da
viagem. Parabéns Elsão, a escolha do roteiro e os detalhes da viagem foram
fundamentais para o sucesso desta aventura.
nosso amigo Herrera pela belíssima recepção no jantar de confraternização da
expedição. Infelizmente ele não pode participar conosco desta inesquecível
aventura do Mural. Mas fizemos valer a pena cada discussão do planejamento da
viagem. Parabéns Elsão, a escolha do roteiro e os detalhes da viagem foram
fundamentais para o sucesso desta aventura.
Bem galera, quando chega a útima semana que antecede a
expedição a ansiedade fica em alta e não
conseguimos dormir direito, o grupo no WhatsApp estava bombando de mensagens o
tempo todo. Uma expedição, pra quem ainda não fez, requer muita organização e
verificação de todos os detalhes para que nada dê errado, principalmente esta
do Jalapão, onde tivemos pouquíssimos pontos de apoio. Para se ter uma ideia,
os 3 primeiros dias foram sem comunicação alguma e ficamos acampados em redes e
cozinhando nosso próprio alimento. Perdi a conta da quantidade de vezes que
repassei o check-list, pois ao mesmo tempo em que não podia esquecer de nada
essencial, tinha que me preocupar com o excesso de peso a levar nos alforjes e
mochila, afinal seriam oito dias de pedal na areia.
expedição a ansiedade fica em alta e não
conseguimos dormir direito, o grupo no WhatsApp estava bombando de mensagens o
tempo todo. Uma expedição, pra quem ainda não fez, requer muita organização e
verificação de todos os detalhes para que nada dê errado, principalmente esta
do Jalapão, onde tivemos pouquíssimos pontos de apoio. Para se ter uma ideia,
os 3 primeiros dias foram sem comunicação alguma e ficamos acampados em redes e
cozinhando nosso próprio alimento. Perdi a conta da quantidade de vezes que
repassei o check-list, pois ao mesmo tempo em que não podia esquecer de nada
essencial, tinha que me preocupar com o excesso de peso a levar nos alforjes e
mochila, afinal seriam oito dias de pedal na areia.
O grupo esteve sempre muito animado, praticamente são todos da
última expedição do Chile e Argentina (TRANSANDES), exceto Alexandre, um novato
audacioso, que malmente encarou as trilhas do Mural e já se aventurava numa
expedição. Esperava que Alexandre
estivesse preparado, pois como diz o ditado: “berço de jegue não é arroz doce”,
Kkkk.
última expedição do Chile e Argentina (TRANSANDES), exceto Alexandre, um novato
audacioso, que malmente encarou as trilhas do Mural e já se aventurava numa
expedição. Esperava que Alexandre
estivesse preparado, pois como diz o ditado: “berço de jegue não é arroz doce”,
Kkkk.
CHEGADA EM PALMAS – TO
Chegamos em Palmas em 16/07, um dia antes do programado para
aproveitar e conhecer a capital do Tocantins, chegamos eu (Plech), Elson, Nino,
Odi e Kadjon. Deixamos as bagagens no hotel e fomos jantar um prato típico,
surubim na brasa num restaurante tradicional chamado Tabú. Rei e Alexandre deixaram
a viagem pra o dia 17/7 e perderam o surubim na brasa…
aproveitar e conhecer a capital do Tocantins, chegamos eu (Plech), Elson, Nino,
Odi e Kadjon. Deixamos as bagagens no hotel e fomos jantar um prato típico,
surubim na brasa num restaurante tradicional chamado Tabú. Rei e Alexandre deixaram
a viagem pra o dia 17/7 e perderam o surubim na brasa…
No outro dia pela manhã fomos fazer as compras para os dias que
ficaríamos em acampamento e pela parte da tarde fomos visitar a praia formada
pela represa do rio Tocantins, chamada Praia da Graciosa e também atravessamos
de barco para a Ilha do Canela onde comemos um tucunaré frito e tomamos banho
na praia da ilha. Kadjon PERDEUU e ficou no hotel com calafrio.
ficaríamos em acampamento e pela parte da tarde fomos visitar a praia formada
pela represa do rio Tocantins, chamada Praia da Graciosa e também atravessamos
de barco para a Ilha do Canela onde comemos um tucunaré frito e tomamos banho
na praia da ilha. Kadjon PERDEUU e ficou no hotel com calafrio.
Mais tarde Alexandre chegou e perguntou onde estávamos,
mostramos as fotos da ilha e dos barcos e dissemos que estávamos no
“Palmas Beach Park” e Nino mandou no whatsapp a foto do Beach Park de
Fortaleza. Alexandre e Kadjon acreditaram no trote e pegaram um táxi a procura
do tal parque. kkkkk
mostramos as fotos da ilha e dos barcos e dissemos que estávamos no
“Palmas Beach Park” e Nino mandou no whatsapp a foto do Beach Park de
Fortaleza. Alexandre e Kadjon acreditaram no trote e pegaram um táxi a procura
do tal parque. kkkkk
Segundo Alexandre, Kadjon disse: “perai que vou botar uma
sunga” Alexandre respondeu: “Que sunga que nada, vamos logo que os
caras já estão no parque.”. KKKKK.
sunga” Alexandre respondeu: “Que sunga que nada, vamos logo que os
caras já estão no parque.”. KKKKK.
Choramos de rir, porque eles nos perguntavam pelo whatsapp o
endereço, preço do parque, enquanto rodavam pela cidade de táxi pra cima e pra
baixo. Foi muito hilário. kkkkk
endereço, preço do parque, enquanto rodavam pela cidade de táxi pra cima e pra
baixo. Foi muito hilário. kkkkk
Ao final do dia Rei chegou e o grupo estava completo. A noite no
quarto do hotel, Elson passou as últimas orientações sobre a condução da
Expedição, dividiu os alimentos e outros itens da compra que fizemos para o acampamento
e fomos ao mercado municipal chamado feira 304 para compramos paçoca de carne
seca, alimento que comermos durante praticamente toda expedição, afinal ficamos
horas sem ponto de abastecimento. A paçoca além de bastante calórica não
estraga e não precisa de refrigeração. No final ainda fomos a uma cantina
italiana e jantamos bastante massa pra termos energia suficiente para o
primeiro dia da expedição que prometia 100km de pedal.
quarto do hotel, Elson passou as últimas orientações sobre a condução da
Expedição, dividiu os alimentos e outros itens da compra que fizemos para o acampamento
e fomos ao mercado municipal chamado feira 304 para compramos paçoca de carne
seca, alimento que comermos durante praticamente toda expedição, afinal ficamos
horas sem ponto de abastecimento. A paçoca além de bastante calórica não
estraga e não precisa de refrigeração. No final ainda fomos a uma cantina
italiana e jantamos bastante massa pra termos energia suficiente para o
primeiro dia da expedição que prometia 100km de pedal.
RUMO AO JALAPÃO – TO
Para quem não conhece o Jalapão é uma área de 34.000 Km2 de
cerrado no centro-leste do estado de Tocantins, ainda bem conservada e pouco
povoada. Em plena mata de transição entre o cerrado e a caatinga, onde
predomina uma vegetação rasteira similar às savanas, surgem cachoeiras, rios de
águas cristalinas, fervedouros (nascentes de água potável cristalina que brotam
do chão com um força tão grande que não nos deixa afundar), corredeiras,
grandes chapadas e formações rochosas de cores e formas variadas.
cerrado no centro-leste do estado de Tocantins, ainda bem conservada e pouco
povoada. Em plena mata de transição entre o cerrado e a caatinga, onde
predomina uma vegetação rasteira similar às savanas, surgem cachoeiras, rios de
águas cristalinas, fervedouros (nascentes de água potável cristalina que brotam
do chão com um força tão grande que não nos deixa afundar), corredeiras,
grandes chapadas e formações rochosas de cores e formas variadas.
Neste cenário, destacam-se dunas de areias douradas, com até 30
metros de altura, o que levou o lugar a ser chamado de deserto do Jalapão.
Seria um deserto, se o Jalapão não fosse também um paraíso das águas
e um lugar onde a presença de flores e animais exóticos salta aos olhos. As
araras azuis dão um espetáculo a parte com suas cores vivas.
metros de altura, o que levou o lugar a ser chamado de deserto do Jalapão.
Seria um deserto, se o Jalapão não fosse também um paraíso das águas
e um lugar onde a presença de flores e animais exóticos salta aos olhos. As
araras azuis dão um espetáculo a parte com suas cores vivas.
Bem, feito a apresentação turística do Jalapão, segue a verdade
desta região, ela foi feita apenas para os fortes, tem que ter sangue nos olhos
pra estar lá. Não é nenhum exagero, é a realidade. O jargão que ouvíamos o todo
tempo e víamos nos adesivos dos carros off roads era: O JALAPÃO É BRUTO!!!
Estávamos muito apreensivos com as condições extremas do local para pedalar.
Víamos as pick ups e caminhões totalmente adaptados para enfrentar as areias do
deserto do Jalapão e todos só andavam em comboios. O nosso apoio da van que nos
levou de Palmas até Ponte Alta, ao ponto de largada no deserto a todo momento
falava de nossa bravura sem carro de apoio e dizia que as expedições costumam
ajudar um ao outro e se colocando a disposição o tempo todo pra gente. O seu
discurso nos animava pela ajuda, mas por outro lado assustava pela incerteza do
que iríamos encontrar, tamanha era a sua preocupação conosco.
desta região, ela foi feita apenas para os fortes, tem que ter sangue nos olhos
pra estar lá. Não é nenhum exagero, é a realidade. O jargão que ouvíamos o todo
tempo e víamos nos adesivos dos carros off roads era: O JALAPÃO É BRUTO!!!
Estávamos muito apreensivos com as condições extremas do local para pedalar.
Víamos as pick ups e caminhões totalmente adaptados para enfrentar as areias do
deserto do Jalapão e todos só andavam em comboios. O nosso apoio da van que nos
levou de Palmas até Ponte Alta, ao ponto de largada no deserto a todo momento
falava de nossa bravura sem carro de apoio e dizia que as expedições costumam
ajudar um ao outro e se colocando a disposição o tempo todo pra gente. O seu
discurso nos animava pela ajuda, mas por outro lado assustava pela incerteza do
que iríamos encontrar, tamanha era a sua preocupação conosco.
INICIO DA EXPEDIÇÃO
Acordamos em Palmas às 03h da madrugada de 18/7 para irmos para
a cidade de Ponte Alta de Van com as bikes nas malas, de onde iniciamos a expedição.
Chegamos cedo às 6h40, montamos as bikes e tomamos café da manhã numa pousada
próxima.
a cidade de Ponte Alta de Van com as bikes nas malas, de onde iniciamos a expedição.
Chegamos cedo às 6h40, montamos as bikes e tomamos café da manhã numa pousada
próxima.
– PARTIUUU PRA O JALAPÃO!!!
– Logo na saída a primeira coca cola pra consertar o bagageiro
de Alexandre. Bem, o início do pedal já mostrava a brutalidade da região do
Jalapão. O chão de terra batida alternado com longos trechos de areia fofa, sob
um sol de 45oC. A vegetação rasteira do cerrado nos dava raríssimos momentos de
sombra para as paradas de alimentação e descanso.
de Alexandre. Bem, o início do pedal já mostrava a brutalidade da região do
Jalapão. O chão de terra batida alternado com longos trechos de areia fofa, sob
um sol de 45oC. A vegetação rasteira do cerrado nos dava raríssimos momentos de
sombra para as paradas de alimentação e descanso.
Nada do que nos foi dito era exagero, pelo contrário, um pedal
duro, difícil. Carregávamos muito peso e o estradão quando havia barro batido
tinha muita costela de vaca, ou então surgia o bancos de areia fofa que
passávamos pedalando com muito giro e suor, às vezes era preciso soltar e
empurrar as bikes que estavam extremamente pesadas com os alforges e
ferramentas e mais o peso adicional do barro grudado, sem falar no sol escaldante.
duro, difícil. Carregávamos muito peso e o estradão quando havia barro batido
tinha muita costela de vaca, ou então surgia o bancos de areia fofa que
passávamos pedalando com muito giro e suor, às vezes era preciso soltar e
empurrar as bikes que estavam extremamente pesadas com os alforges e
ferramentas e mais o peso adicional do barro grudado, sem falar no sol escaldante.
Raramente passava algum veículo, e às vezes em que passavam eram
na maioria em alta levantando um poeirão vermelho que nos enchia a garganta e
os olhos de areia.
na maioria em alta levantando um poeirão vermelho que nos enchia a garganta e
os olhos de areia.
Tínhamos que regrar o nosso consumo de água, o primeiro
abastecimento foi a 50km de distância da partida. Sabíamos de algumas paradas
previstas para o abastecimento como rios e nascentes, e a primeira delas foi
também a primeira surpresa do Jalapão. Numa entrada discreta, que se não fosse
pelo GPS passaríamos batido, descemos um single track numa trilha curta para o
Cânyion de Sussuapara. Trata-se de um local com um visual exótico, um paredão
de pedra coberto por vegetação densa e úmida. O corredor do paredão vai se
estreitando formando uma espécie de cânion até uma fenda na rocha onde cai uma
chuva d’água formada por uma nascente de água potável. O lugar parece cenário
de filme, muito bonito. A entrada é tão discreta que ninguém imaginaria tamanha
beleza. O Jalapão é assim, esconde seus tesouros no meio do nada. Tomamos
banho, nos refrescamos, abastecemos os reservatórios com água, algumas fotos e
partimos. Saliento que Nino, Odi e Kadjon optaram em não parar, então,
PERDERAM!!!
abastecimento foi a 50km de distância da partida. Sabíamos de algumas paradas
previstas para o abastecimento como rios e nascentes, e a primeira delas foi
também a primeira surpresa do Jalapão. Numa entrada discreta, que se não fosse
pelo GPS passaríamos batido, descemos um single track numa trilha curta para o
Cânyion de Sussuapara. Trata-se de um local com um visual exótico, um paredão
de pedra coberto por vegetação densa e úmida. O corredor do paredão vai se
estreitando formando uma espécie de cânion até uma fenda na rocha onde cai uma
chuva d’água formada por uma nascente de água potável. O lugar parece cenário
de filme, muito bonito. A entrada é tão discreta que ninguém imaginaria tamanha
beleza. O Jalapão é assim, esconde seus tesouros no meio do nada. Tomamos
banho, nos refrescamos, abastecemos os reservatórios com água, algumas fotos e
partimos. Saliento que Nino, Odi e Kadjon optaram em não parar, então,
PERDERAM!!!
Alegam que Rei não sinalizou a parada. Que sacanagem Rei? kkkk
Mais pedal duro, e já estávamos começando a melhorar nosso ritmo
sobre a areia fofa, mas não menos suor derramado. Nino com seus calos e
Alexandre sem experiência estavam ficando para trás e sofrendo muito. Adiante
fizemos uma parada na única casa que encontramos no caminho, um momento para
agrupar novamente. O morador, Mário, nos recebeu muito bem, nos ofereceu água
gelada e nos apresentou sua família, muito educada por sínal. Aproveitamos a
sombra da varanda para um pequeno descanso mais que merecido. O Mário é muito
brincalhão, vendo Elson o apelidou logo de “Pouca telha” e Nino que
chegou por último o apelidou de “Roda Presa e Comida de Onça”.
kkkkkkk. “Comida de Onça” porque chegou bem atrás e “Roda Presa” porque Nino
comprou uma sapatênis novo pra fazer a expedição e caminhou por Palmas com ela
se enchendo de calos nos pés. Esse foi o seu martírio por toda a expedição, e
além do sofrimento fez ele perder a oportunidade de conhecer alguns dos lindos
atrativos que contaremos nas próximas resenhas.
sobre a areia fofa, mas não menos suor derramado. Nino com seus calos e
Alexandre sem experiência estavam ficando para trás e sofrendo muito. Adiante
fizemos uma parada na única casa que encontramos no caminho, um momento para
agrupar novamente. O morador, Mário, nos recebeu muito bem, nos ofereceu água
gelada e nos apresentou sua família, muito educada por sínal. Aproveitamos a
sombra da varanda para um pequeno descanso mais que merecido. O Mário é muito
brincalhão, vendo Elson o apelidou logo de “Pouca telha” e Nino que
chegou por último o apelidou de “Roda Presa e Comida de Onça”.
kkkkkkk. “Comida de Onça” porque chegou bem atrás e “Roda Presa” porque Nino
comprou uma sapatênis novo pra fazer a expedição e caminhou por Palmas com ela
se enchendo de calos nos pés. Esse foi o seu martírio por toda a expedição, e
além do sofrimento fez ele perder a oportunidade de conhecer alguns dos lindos
atrativos que contaremos nas próximas resenhas.
Bem Partiuuu!!! Teríamos muita areia pela frente. Após um bom
trecho de pedal, coloquei um ritmo forte para acompanhar Elson e Rei, então fui
acometido de uma forte caimbra nos quadriceps das duas pernas. Galera não
queiram passar por isso, foi uma dor insuportável, quem já teve câimbra de nó
sabe do que estou falando. Com a ajuda dos dois desci da bike e Elson fez uma
massagem na musculatura e aos poucos voltei ao normal. Ainda bem que os outros
não tinham chegado a tempo pra não me zoarem. kkkkk. Mas a câimbra me rendeu
fazer essa resenha do primeiro dia. rsrs.
trecho de pedal, coloquei um ritmo forte para acompanhar Elson e Rei, então fui
acometido de uma forte caimbra nos quadriceps das duas pernas. Galera não
queiram passar por isso, foi uma dor insuportável, quem já teve câimbra de nó
sabe do que estou falando. Com a ajuda dos dois desci da bike e Elson fez uma
massagem na musculatura e aos poucos voltei ao normal. Ainda bem que os outros
não tinham chegado a tempo pra não me zoarem. kkkkk. Mas a câimbra me rendeu
fazer essa resenha do primeiro dia. rsrs.
Chegamos a outro dos paraísos escondidos do Jalapão, são esses “oasis”
no meio do nada que tornam este lugar fabuloso. A região é cortada por rios
maiores como o rio Novo, Sono e Vermelho, e as águas destes rios guardam alguns
locais que são verdadeiros paraísos
escondidos. Percebemos a presença de um rio ou fervedouro importante quando a
paisagem muda, e aparece um corredor de vegetação mais densa e de verde mais
intenso, diferente do cerrado tradicional da região. Foi então que quando
paramos nos deparamos com imensa beleza, e entramos nas margens de um rio
chamado Rio Vermelho, coberto com a sombra de árvores, um local altamente
convidativo para o banho e o relaxamento. O rio corria entre as árvores
zigzagueando com uma corredeira, então descobrimos um local para saltarmos num
trecho mais alto e fundo do rio, daí flutuávamos descendo a corredeira até um
galho de árvore com uma corda amarrada mais abaixo onde nos agarrávamos e
subíamos novamente para novo salto. Que água deliciosa, esses momentos foram
inúmeros e marcantes em toda esta expedição.
no meio do nada que tornam este lugar fabuloso. A região é cortada por rios
maiores como o rio Novo, Sono e Vermelho, e as águas destes rios guardam alguns
locais que são verdadeiros paraísos
escondidos. Percebemos a presença de um rio ou fervedouro importante quando a
paisagem muda, e aparece um corredor de vegetação mais densa e de verde mais
intenso, diferente do cerrado tradicional da região. Foi então que quando
paramos nos deparamos com imensa beleza, e entramos nas margens de um rio
chamado Rio Vermelho, coberto com a sombra de árvores, um local altamente
convidativo para o banho e o relaxamento. O rio corria entre as árvores
zigzagueando com uma corredeira, então descobrimos um local para saltarmos num
trecho mais alto e fundo do rio, daí flutuávamos descendo a corredeira até um
galho de árvore com uma corda amarrada mais abaixo onde nos agarrávamos e
subíamos novamente para novo salto. Que água deliciosa, esses momentos foram
inúmeros e marcantes em toda esta expedição.
Nós Muralistas saltamos inúmeras vezes, gritando e filmando
tudo, parecia que tínhamos voltado a infância, um momento mágico de
descontração e pura alegria!!! Obrigado a vocês, amigos expedicionários desta
grande aventura, por me proporcionar e compartilhar estes momentos tão
marcantes na minha vida. Estes momentos ficarão eternizados na minha memória!!!
tudo, parecia que tínhamos voltado a infância, um momento mágico de
descontração e pura alegria!!! Obrigado a vocês, amigos expedicionários desta
grande aventura, por me proporcionar e compartilhar estes momentos tão
marcantes na minha vida. Estes momentos ficarão eternizados na minha memória!!!
Já revigorados e de volta a estrada e pedalamos forte, o sol não
aliviava, nem os calos dos pés de Nino (rsrsrs). Fizemos algumas paradas e
comemos mais uma vez a paçoca de carne seca pra repor energia, mas logo voltávamos
a estrada novamente. De repente, parecia que estávamos no filme de MAD MAX,
surgiu dezenas (sim dezenas) de motos 125cc passando pela gente por todos os
lados em altaaaaaa. Depois soubemos que trata-se de um grupo nativo formado por
mais de 200 integrantes chamados “Terremotos do Jalapão”. Os caras tem umas
motos velhas, pequenas mas envenenadas e com guidões esquisitos que quando
passam fazem um barulho infernal parece mesmo um terremoto hehehe. Mas eles são
badboys e adoram se exibir levantando areia por onde passam fazendo manobras
arriscadas, uns deles passavam tirando fino da gente, totalmente
irresponsáveis.
aliviava, nem os calos dos pés de Nino (rsrsrs). Fizemos algumas paradas e
comemos mais uma vez a paçoca de carne seca pra repor energia, mas logo voltávamos
a estrada novamente. De repente, parecia que estávamos no filme de MAD MAX,
surgiu dezenas (sim dezenas) de motos 125cc passando pela gente por todos os
lados em altaaaaaa. Depois soubemos que trata-se de um grupo nativo formado por
mais de 200 integrantes chamados “Terremotos do Jalapão”. Os caras tem umas
motos velhas, pequenas mas envenenadas e com guidões esquisitos que quando
passam fazem um barulho infernal parece mesmo um terremoto hehehe. Mas eles são
badboys e adoram se exibir levantando areia por onde passam fazendo manobras
arriscadas, uns deles passavam tirando fino da gente, totalmente
irresponsáveis.
Depois da passagem do bando de loucos de moto, voltamos a
pedalar sob o sol instigante do deserto, passávamos por estradões que suas
retas pareciam não ter fim, quando mais adiante numa outra parada pra
agrupamento aparece do nada algo voando entre um poeirão de areia na nossa
frente com um ronco forte de motor. Tomamos um maior susto e corremos para as
laterais da estrada puxando as bikes para o mato. Tratava-se de uma espécie de
“Rato do Deserto”, um bugre adaptado pra areia Can-Am Maverick 1000c Turbo. O
cara quando nos viu deu um cavalo de pau no areal mais a frente e voltou em
alta parando ao nosso lado. Ambos ficaram impressionados: a gente com seu bugre
envenenado e ele com nossa aventura no deserto de bikes sem carro de apoio.
Trocamos algumas informações do nosso destino e falamos um pouco do seu carro,
e ele se ofereceu a dar uma volta com um de nós. Kadjon prontamente se
ofereceu, e o cara mandou ver em altaaaa com Kadjon dentro, o cara voava pelos
bancos de areia, Kadjon ficou tão azuado que esqueceu de fechar a porta, kkkkk.
Voltou dizendo que por “aquele seu lugar” não passava nada, kkkkkk. Como ainda
tínhamos muito chão pela frente, Partiuuu!!!
pedalar sob o sol instigante do deserto, passávamos por estradões que suas
retas pareciam não ter fim, quando mais adiante numa outra parada pra
agrupamento aparece do nada algo voando entre um poeirão de areia na nossa
frente com um ronco forte de motor. Tomamos um maior susto e corremos para as
laterais da estrada puxando as bikes para o mato. Tratava-se de uma espécie de
“Rato do Deserto”, um bugre adaptado pra areia Can-Am Maverick 1000c Turbo. O
cara quando nos viu deu um cavalo de pau no areal mais a frente e voltou em
alta parando ao nosso lado. Ambos ficaram impressionados: a gente com seu bugre
envenenado e ele com nossa aventura no deserto de bikes sem carro de apoio.
Trocamos algumas informações do nosso destino e falamos um pouco do seu carro,
e ele se ofereceu a dar uma volta com um de nós. Kadjon prontamente se
ofereceu, e o cara mandou ver em altaaaa com Kadjon dentro, o cara voava pelos
bancos de areia, Kadjon ficou tão azuado que esqueceu de fechar a porta, kkkkk.
Voltou dizendo que por “aquele seu lugar” não passava nada, kkkkkk. Como ainda
tínhamos muito chão pela frente, Partiuuu!!!
Pedalamos duro neste primeiro dia. Escureceu, o calor aliviou e
colocamos nossas lanternas. Nosso destino era a antiga fazenda de Pablo
Escobar. É isso mesmo, o lendário traficante colombiano tinha uma fazenda como
a principal refinaria de cocaína escondida no centro no Brasil. Hoje a
propriedade está em condições precárias nas mãos do estado do Tocantins e serve
como apoio ao turismo da cachoeira da velha situada a alguns quilômetros da
fazenda.
colocamos nossas lanternas. Nosso destino era a antiga fazenda de Pablo
Escobar. É isso mesmo, o lendário traficante colombiano tinha uma fazenda como
a principal refinaria de cocaína escondida no centro no Brasil. Hoje a
propriedade está em condições precárias nas mãos do estado do Tocantins e serve
como apoio ao turismo da cachoeira da velha situada a alguns quilômetros da
fazenda.
Após 95km de pedal duro e muitas emoções como foi narrado acima
chegamos no nosso destino. Ao chegar
fomos a sede da fazenda a procura do caseiro e sua esposa, gritávamos muito
chamando um dos dois e fomos recebidos por um
monte de cachorros latindo muito. Acho que todos ficaram assustados com
aquele grupo de ciclistas a noite numa fazenda isolada. Após muita insistência
nossa, porque víamos luzes acessas do lado de dentro, elas decidiram nos
receber, bastante apreensivas.
chegamos no nosso destino. Ao chegar
fomos a sede da fazenda a procura do caseiro e sua esposa, gritávamos muito
chamando um dos dois e fomos recebidos por um
monte de cachorros latindo muito. Acho que todos ficaram assustados com
aquele grupo de ciclistas a noite numa fazenda isolada. Após muita insistência
nossa, porque víamos luzes acessas do lado de dentro, elas decidiram nos
receber, bastante apreensivas.
Apresentamos-nos e após o susto, todos sorriram e então nos
deram água e nos ofereceram um galpão coberto para montarmos nosso acampamento
e pernoitar. O local era perfeito, apesar das instalações precárias, tinha uma
imensa mesa pra nossas refeições e dois sanitários em funcionamento e o telhado
servia para a amarração das cordas das redes de acampamento. Optamos em acampar
em redes devido a possibilidade de bichos rasteiros e pelo baixo peso. Logo uns
foram tomar seus banhos enquanto eu e Odi nos encarregamos de montar as redes.
Elson se encarregou de acender o fogareiro e preparar a comida. O cozinheiro
Elsão caprichou! Estávamos famintos. Teve calabresa acebolada, miojo e pão com
café quente. Mais tarde o som turbinado de Odi e whisky (este peso não abrimos
mão kkkk). Aos poucos depois de tomado
banho, jantado e bebido um pouco cada qual foi se alojando em suas redes. Mas o
Jalapão é bruto mesmo a noite. Ao cair a
madrugada fomos surpreendidos com sustos de gritos e sons de aves e outros animais
noturnos que passavam perto do acampamento, provavelmente a procura de
alimentos, restos da nossa janta. E a brutalidade do Jalapão não é só por causa
do calor do deserto, mas a madrugada é muito fria e com rajadas de vento. A
sensação térmica nos fazia tremer de frio. Infelizmente as redes são muito
práticas e leves comparadas as barracas, mas não protegem dos ventos e do frio.
Tive que colocar mais roupa, usei a segunda pele e outra roupa por cima, só com
3 camadas é que consegui pegar no sono.
deram água e nos ofereceram um galpão coberto para montarmos nosso acampamento
e pernoitar. O local era perfeito, apesar das instalações precárias, tinha uma
imensa mesa pra nossas refeições e dois sanitários em funcionamento e o telhado
servia para a amarração das cordas das redes de acampamento. Optamos em acampar
em redes devido a possibilidade de bichos rasteiros e pelo baixo peso. Logo uns
foram tomar seus banhos enquanto eu e Odi nos encarregamos de montar as redes.
Elson se encarregou de acender o fogareiro e preparar a comida. O cozinheiro
Elsão caprichou! Estávamos famintos. Teve calabresa acebolada, miojo e pão com
café quente. Mais tarde o som turbinado de Odi e whisky (este peso não abrimos
mão kkkk). Aos poucos depois de tomado
banho, jantado e bebido um pouco cada qual foi se alojando em suas redes. Mas o
Jalapão é bruto mesmo a noite. Ao cair a
madrugada fomos surpreendidos com sustos de gritos e sons de aves e outros animais
noturnos que passavam perto do acampamento, provavelmente a procura de
alimentos, restos da nossa janta. E a brutalidade do Jalapão não é só por causa
do calor do deserto, mas a madrugada é muito fria e com rajadas de vento. A
sensação térmica nos fazia tremer de frio. Infelizmente as redes são muito
práticas e leves comparadas as barracas, mas não protegem dos ventos e do frio.
Tive que colocar mais roupa, usei a segunda pele e outra roupa por cima, só com
3 camadas é que consegui pegar no sono.
Bem, assim termino a resenha deste primeiro dia onde percorremos
95km e tivemos uma prévia da brutalidade do Jalapão. Estávamos ansiosos para as
aventuras do segundo dia na cachoeira da velha, trata-se da maior cachoeira do
Jalapão, onde estava programado o primeiro rafting no rio Novo, este com
corredeiras de nível 4.
95km e tivemos uma prévia da brutalidade do Jalapão. Estávamos ansiosos para as
aventuras do segundo dia na cachoeira da velha, trata-se da maior cachoeira do
Jalapão, onde estava programado o primeiro rafting no rio Novo, este com
corredeiras de nível 4.
Antecipo o nosso grito de Guerra da expedição:
O JALAPÃO É BRUTO, E O MURAL MUITO MAIS!!!!
É muito difícil escrever as emoções sentidas numa expedição, mas
quero ressaltar o espírito de união, de cuidado uns com os outros, de superação
dos seus limites e seus medos, de extrema alegria em fazer seu esporte ao lado
de amigos, curtir momentos de pura contemplação da beleza da natureza ou fechar
os olhos e apenas ouvir o som dos pássaros, não posso deixar de citar as araras
azuis que passavam próximas muitas vezes. Bem, só fazendo pra entender na
essência o que estou tentando dizer. Mas espero que as nossas resenhas
enriquecidas com as fotos e vídeos passem um pouco das emoções para vocês.
quero ressaltar o espírito de união, de cuidado uns com os outros, de superação
dos seus limites e seus medos, de extrema alegria em fazer seu esporte ao lado
de amigos, curtir momentos de pura contemplação da beleza da natureza ou fechar
os olhos e apenas ouvir o som dos pássaros, não posso deixar de citar as araras
azuis que passavam próximas muitas vezes. Bem, só fazendo pra entender na
essência o que estou tentando dizer. Mas espero que as nossas resenhas
enriquecidas com as fotos e vídeos passem um pouco das emoções para vocês.
Nos encontraremos na resenha do último dia, que fui o escolhido
após perder numa rodada de palitinho. Kkkkk. Bora Mural!!! Plech.
após perder numa rodada de palitinho. Kkkkk. Bora Mural!!! Plech.
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