Trilha Abranpower (Texto: Rogério Fernandes)

Trilha Abranpower, mais uma edição desta trilha INESQUECÍVEL (será?) rsrsrsrsrs – vocês vão entender o motivo do riso daqui a pouco.

Uma trilha numa região que conheço muito bem por ser “o quintal lá de casa”, em Abrantes/Camaçari. Confesso que gostei muito de ver o Mural redescobrindo essa trilha no ano passado, não só pela proximidade de casa, mas por considerar uma das melhores regiões próximas a Salvador para a prática do ciclismo, com muitas ladeiras e diversos tipos de terreno e vários desafios e que tem sido recentemente palco de algumas competições de Mountain-Bike e Motocross.

Rogério Fernandes na Trilha Abranpower
Rogério Fernandes na Trilha Abranpower

Uma coisa é certa por aqui: existe uma infinidade de caminhos que parece sempre conduzir para o famoso Jorrinho, outrora um ponto de descanso e confraternização onde diversos grupos de ciclistas se encontravam nos sábados pela manhã e era aquela resenha. Ali haviam duas bicas que jorravam água vinda diretamente do subsolo, uma de água fria e outra de água quente. Infelizmente a fonte secou e hoje o local se resume apenas a ruínas. Mas as estradas de terra e os maravilhosos single tracks ainda permanecem lá, para a nossa alegria.

Mais uma vez o chefe Elson me deu a honra de ser o guia do grupo, e como a trilha estava ocorrendo um dia após eu completar 44 anos, todos concordaram que o percurso deveria ser de 44 km. Mas o que ninguém sequer imaginava era que atingiríamos quase 1000 metros de subida nestes 44 km, hehehehe.

O aquecimento foi rápido e logo encaramos a primeira ladeira, subindo logo após o Alphaville III e depois fazendo uma descida de tirar o fôlego pela “ladeira dos cachorros”. Alguns single-tracks fantásticos que lembram a Sapiranga e chegamos à famosa pinguela sobre um braço do Joanes, já perto da Barragem, que exigiu muita concentração e coragem de todos os aventureiros durante a travessia. Dali decidimos seguir pelo single do “canta-galo”, uma trilha por dentro da mata às margens do Rio Joanes que leva até à Pedreira, na Via Parafuso. Essa trilha proporciona inicialmente um trecho bem técnico e acidentado e na segunda metade um trecho plano e rápido, que incita à velocidade. Foi aí que Will se empolgou e comprou um terreno e, segundo dizem…eu também! O que aconteceu foi que passamos por uma pequena rampa e Elsão queria tirar umas fotos com a galera dando um salto. Eu retornei para pegar velocidade e dar o salto para sair bem na foto, e segundo relatos eu perdi a frente da bike na hora do salto e caí batendo a cabeça, fiquei meio tonto, mas me levantei, sacodi a poeira e saí pedalando. Mas o fato é que não me lembro de nada, nem do salto, nem da queda. Somente uns 15 minutos depois, quando já estava perto do Pedágio da Parafuso, senti como se estivesse acordando de um sono e fiz a fatídica pergunta: “Eu caí foi?”. Daí foi só resenha, eu querendo saber o que aconteceu, a galera sem acreditar que eu não me lembrava de nada. Para minha sorte tive apenas um lapso de memória e à tarde fiz alguns exames que constataram que estava tudo bem, saí sem nenhum arranhão desta brincadeira.

Depois de passarmos pelo single do “mato-seco” chegamos ao Jorrinho e fizemos uma parada para hidratação. Dali retornamos pela Trilha dos Tropeiros para completar esta fantástica trilha, que proporciona muita diversão e adrenalina. No final, quem ficou com a resenha? Bem, eu me esforcei ao máximo para me lembrar de tudo, será que esqueci de alguma coisa? Kkk

Texto: Rogério Fernandes

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